Economize Fazendo a Manutenção Preventiva

Ao optar pela preventiva, seu mecânico pode determinar junto com você as prioridades de manutenção, ou seja, com determinada quilometragem o que realmente precisa ser substituído de imediato e o que pode esperar mais alguns milhares de quilômetros ou alguns meses. Dessa forma, os custos com a manutenção preventiva se tornam extremamente baratos a médio e longo prazo, quando comparados aos custos de uma quebra inesperada e os transtornos que a acompanham.

  1. CUIDADOS COM O ÓLEO

Verifique o nível do óleo semanalmente.

Veja como:

Com o motor frio, preferencialmente pela manhã antes da primeira partida e estando o veículo em piso nivelado retire a vareta do óleo, limpe-a com um pano ou papel insira e retire-a novamente.

O nível de óleo deve estar entre as marcas “Min” e “Max” gravadas na vareta.

Se necessário complete com o óleo recomendado pelo de mesma marca e ou recomendado pelo fabricante.

A maioria dos fabricantes considera normal um consumo de até 1 litro de óleo para cada 1000 quilômetros rodados.

  1. LIQUIDO DE ARREFECIMENTO

Verifique o nível da água.

Com o motor frio e veículo nivelado, a água deve estar entre as marcas “Min” e “Máx” do reservatório.

Se houver necessidade de completar a água com muita frequência, Leve o veículo para um diagnóstico.

Não confie 100% dessas tarefas rotineiras ao frentista do posto de gasolina, muitos motores apresentam problemas sérios ocasionados pelo excesso de óleo e/ou proporções incorretas de aditivos de radiador, adicionados sem critérios nos postos de combustível.

  1. CORREIA DENTADA

Utilizada em muitos motores, a correia sincronizadora (ou dentada) fica protegida por uma capa, não sendo possível examiná-la fora da oficina.

A sua função é manter o sincronismo entre a árvore de manivelas e o eixo comando de válvulas.

Se quebrar causará sérios danos nas válvulas e até nos pistões.

Sua troca ocorre em média a cada 50.000 quilômetros, dependendo do modelo do carro.

Informe-se no manual do proprietário ou na concessionária da marca do veículo sobre o intervalo de troca e siga-o rigorosamente.

  1. FILTROS

Tanque, bomba de combustível, mangueiras, filtros, carburador ou injeção eletrônica. São os componentes que fazem parte deste sistema.

Para manter o sistema de alimentação em ordem a troca dos filtros é fundamental.

Filtro de Ar

Deve ser verificado periodicamente. Se estiver muito sujo deve ser substituído. Um filtro de ar sujo prejudica o desempenho do veículo, e aumenta o consumo de combustível.

Filtro de combustível

Troque nos intervalos recomendados pelo fabricante, em média nos veículos a gasolina a cada 20.000 quilômetros e nos a álcool entre 7.000 a 10.000 quilômetros, dessa maneira estará preservando o sistema de alimentação contra as impurezas do combustível.

Ao contrário dos veículos com carburador onde o filtro fica bem visível no cofre do motor, nos veículos com injeção eletrônica ele fica geralmente na parte inferior do veículo próximo ao tanque e muitas vezes sua reposição acaba sendo esquecida. Filtro entupido costuma deixar o motorista a pé!

  1. VELAS DE IGNIÇÃO

Devem ser trocadas conforme a recomendação do fabricante. Em geral a cada 20.000/30.000 quilômetros.

Carros turbinados de fábrica, com aumento de pressão de turbo (com chip instalado), verificar a cada 10.000 quilômetros.

Velas gastas causam falhas no funcionamento do motor, aumento no consumo e na emissão de poluentes.

  1. BATERIA

As disponíveis do mercado hoje são do tipo “seladas” , ou seja , não é preciso adicionar água , o que não significa que estejam totalmente livres de manutenção.

Alguns cuidados evitam que você fique na mão na hora de dar a partida:

– Verifique periodicamente se os cabos estão limpos e bem fixados aos pólos da bateria.

– Mande testar anualmente as condições de funcionamento do sistema de carga e partida; bateria; alternador e motor de partida.

  1. PNEUS E RODAS

Pneus e rodas são equipamentos básicos de segurança.

O estado de conservação e a calibragem correta garantem a aderência na pista e a eficiência nas frenagens.

Use sempre pneus com as medidas indicadas no manual do veículo. Tamanhos incorretos alteram o comportamento da direção e tornam o veículo inseguro.

Calibre os pneus pelo menos a cada 15 dias ou antes de pegar a estrada. Procure fazê-lo sempre com os pneus frios, preferencialmente pela manhã.

Calibragem incorreta provoca desgastes irregulares na banda de rodagem do pneu, diminuindo sua vida útil. Se a pressão for insuficiente o pneu gasta principalmente nas bordas; se for excessiva, o desgaste será maior no centro.

Não esqueça de calibrar o estepe, que junto com o macaco, chave de roda, triângulo e extintor fazem parte dos equipamentos obrigatórios por lei.

Os pneus modernos trazem indicadores de desgaste, normalmente um triângulo ou as letras TWI impressos na lateral. Quando o desgaste atingir a marca TWI está na hora de trocá-los.

O limite legal de profundidade dos sulcos dos pneus é 1.6mm. Abaixo disso são considerados “carecas”, podendo o veículo ser apreendido pelas autoridades de trânsito.

Faça o rodízio, o alinhamento e balanceamento a cada 10.000 km, isso aumenta a vida dos pneus e mantém o conjunto da suspensão e direção equilibrados, melhorando a segurança e dirigibilidade do veículo.

  1. FREIOS

Não brinque com a segurança, verifique regularmente:

– O nível do fluído de freio.

– A espessura das pastilhas a cada 10.000 km.

– A lonas de freio e ajuste do freio de estacionamento a cada 30.000 km.

Troque o fluído a cada 2 anos, ou conforme a recomendação do fabricante. A troca é necessária porque o fluído absorve umidade. A presença de umidade diminui o ponto de ebulição do fluído, provocando ineficiência na frenagem.

Não se esqueça de poupar os freios; ao descer uma ladeira nunca o faça em ponto morto.

Ao trocar as pastilhas o mecânico deve medir a espessura do disco de freio. Se estiver dentro da tolerância poderá ser retificado para tirar qualquer imperfeição e garantir a durabilidade das novas pastilhas. Se estiver fora da medida, deverá ser substituído.

Quando trocar as pastilhas evitar frear bruscamente nos primeiros 300 quilômetros para garantir o perfeito assentamento das pastilhas e discos de freio.

  1. AR CONDICIONADO

Outro equipamento que está se tornando indispensável nos dias de hoje é o ar condicionado.

Para mantê-lo funcionando corretamente, o sistema deve ser ligado pelo menos 15 minutos por semana, mesmo nos dias mais frios. Isso é necessário para evitar o ressecamento das mangueiras e vedadores do compressor.

Muitos são equipados com um filtro que impede a entrada de impurezas externas e requer a troca anualmente.

  1. SUSPENSÃO

Ruídos e falta de estabilidade nas curvas são os primeiros sinais de problemas!

Faça uma revisão a cada 30.000 km e mande examinar:

– Amortecedores, molas e batentes quanto a ação e vazamentos;

– Folgas nas bandejas, buchas e pivôs;

– Folgas nos terminais e barras de direção.

  1. CÂMBIO E EMBREAGEM

Verifique o nível do óleo do câmbio a cada 30.000 km. Alguns modelos não necessitam troca (Consulte o manual do seu veículo). Se perceber vazamentos, providencie o conserto o quanto antes.

Evite trancos durante as trocas de marchas, você pode estragar os anéis sincronizados e quebrar alguma engrenagem, e reparo no câmbio custa caro.

Não use o pedal da embreagem como apoio para o pé, se fizer isso a vida útil da embreagem estará comprometida.

Nas ladeiras use o freio de mão, nunca segure o carro usando os pedais da embreagem e do acelerador, se o fizer, estará queimando a embreagem e diminuindo a vida útil do conjunto, além de gastar combustível desnecessariamente.

Pedal de embreagem muito duro e dificuldade de engatar as marchas é sinal de desgaste no conjunto. A vida útil varia conforme o modo de conduzir o veículo.

  1. CÂMBIO AUTOMÁTICO

O câmbio automático caiu no gosto dos motoristas brasileiros. Sua manutenção requer a troca de óleo e filtro nos intervalos recomendados pelo fabricante. Não descuide, procure um serviço especializado na hora da manutenção.

Para aqueles que ainda não têm um carro automático ou não conhecem o significado das letras PRND no console da alavanca, confira:

P – Park ou estacionado

Trava o câmbio e impede a movimentação do veículo

R – Reverse ou marcha à ré

N – Neutral ou ponto morto

D – Drive ou dirigir

Nesta posição todas as marchas mudarão automaticamente conforme a rotação do motor e velocidade do veículo.

Os números 3-2-1 quando selecionados fazem as trocas somente até a marcha indicada, podendo ser utilizado em descidas para poupar os freios ou nas subidas, se estiver rebocando um trailler por exemplo.

Com os devidos cuidados, baterias duram muito mais

A bateria tem a função de armazenar e fornecer energia para toda a parte elétrica do veículo. O componente dura, em média, de dois a quatro anos, mas isso varia de acordo com as condições do automóvel e com os cuidados que o motorista toma para não desperdiçar energia.

A equipe do Diário conversou com especialistas que deram dicas de como evitar o desperdício e colaborar com a vida útil do componente.

O primeiro passo é manter o sistema elétrico em ordem, realizando a manutenção preventiva periodicamente. “Podem instalar a bateria mais potente, mas se o veículo não passar por manutenção correta, não atingirá o limite da vida útil”, aponta Daniel Lovizaro, chefe de assistência técnica da divisão Automotive Aftermarket da Bosch Brasil.

Antonio Gaspar de Oliveira, do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo, explica que o alternador é peça-chave para o funcionamento da bateria. “É ele que gera e movimenta a energia e deve ser revisado”, explica.

Com o carro em ordem, agora são alguns hábitos do motorista que terão de mudar. Nada de uso excessivo de equipamentos eletrônicos, como rádio e DVD, quando o veículo estiver desligado. Ao ligar o automóvel, deixe faróis, luz de alerta, ar-condicionado, limpador de para-brisa e outros componentes desligados.

Preste atenção ao instalar qualquer componente elétrico não original ou que seja adaptado sem conhecimento técnico, o que pode sobrecarregar a bateria. Por isso também é necessário conferir a compatibilidade com a nova demanda elétrica. Raimundo Bacelar, gerente de engenharia de desenvolvimentos e pós-venda da Moura, fabricante de baterias, reforça que, nesse caso, além de aumentar a capacidade da bateria, também é preciso verificar a necessidade de ampliar a potência do altenador para o fornecimento de energia.

Não tente ressuscitar a bateria. Segundo Oliveira, “com a bateria não há meio termo; quando parar de funcionar, o jeito será comprar outra”. Bacelar orienta os proprietários a evitarem fazer ligações diretas entre os componentes, a famosa chupeta. “Isso só deve ser feito em casos extremos.”

O especialista lembra que o momento mais crítico é quando se liga o motor, pois a bateria sofre maior descarga elétrica. Por isso, deve-se evitar dar partidas com mais de cinco segundos. “Se o carro não funcionar, espere de 15 a 30 segundos para fazer outra tentativa.”

Modelo livre de manutenção

Segundo Raimundo Bacelar, gerente de engenharia de desenvolvimento e pós-venda da Moura, 100% dos veículos comerciais nacionais utilizam as baterias de chumbo-ácido.

Sendo assim, o mercado disponibiliza componentes que necessitam ou não de manutenção. De acordo com Bacelar, “a bateria livre de manutenção pode chegar no fim da vida útil ainda com energia, com nível de eletrólito para o mínimo de funcionamento”, explica.

Essas baterias contam com alto nível de tecnologia durante seu processo de produção e os materiais de qualidade garantem que haja economia dessa substância química até mesmo depois de descartada.

Tanta tecnologia facilita a vida do motorista. Antonio Gaspar de Oliveira, do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo, esclarece que as novas baterias proporcionam desempenho maior e “quando estão com energia e em boas condições de funcionamento, a luz verde se mantém acesa”. Assim, o consumidor monitora se necessita ou não trocar a peça.

Não jogue no lixo comum

Para evitar o descarte inadequado da bateria e de tantos outros itens que possuem substâncias químicas, os fabricantes são responsáveis pelo recolhimento e destinação correta desse tipo de lixo, de acordo com a Lei Nacional de Resíduos Sólidos.

Por isso, ao trocar a bateria, as empresas orientam os consumidores para que o componente seja entregue a oficinas especializadas ou revendedoras. Jamais devem ser descartados no lixo comum e muito menos em qualquer lugar. As substâncias químicas presentes na bateria não podem entrar em contato com o solo, o que causaria a contaminação da terra e até dos lençóis freáticos.

Segundo a Resolução 401 do Conselho Nacional de Meio Ambiente, todos os estabelecimentos que comercializam baterias automotivas devem receber o produto, independentemente da marca.

Fonte: DIÁRIO DO GRANDE ABC (SP) | Alexandre Calisto – Especial para o Diário